quarta-feira, 11 de março de 2009

Moral

Bem, pensei hoje é quarta, eu gosto de postar quarta.
Não tinha nada em mente, pensei em continuar a saga de mateus, mas não senti a "inspiração".
Foi aí que tive força de terminar de ler o livro "Cândido" do autor Voltaire, e recomendo a todos, quem já leu ou vai ler, vai ficar por dentro da história embora a moral que vou postar aqui diz respeito a moral do final do livro, penso que não colocarei fatos decorrentes da história, porém a moral ainda assim é matar a história toda do livro, sei que muitos aqui nem devem ter ouvido sobre esse livro, mas se interessar-se pode baixá-lo gratuitamente na internet em diversos sites, inclusive no dominio publico.

A fala que mais me chama atenção é essa:

- Desejaria saber qual é o pior: ser violada cem vezes por piratas negros, perder uma nádega, receber açoites dos búlgaros, ser batido e enforcado num auto-de-fé, ser dissecado, remar numa galera, experimentar enfim todas as misérias por que já passamos, ou ficar aqui sem fazer nada?

E em seguida a conclusão.

Tais palavras provocaram novas discussões; e Martinho concluiu que o homem nascera ou para viver nas convulsões da inquietude ou na letargia do tédio. Cândido não concordava, mas também não afirmava coisa alguma. Pangloss confessava que sempre sofrera horrivelmente; mas, tendo uma vez afirmado que tudo ía às mil maravilhas, continuava a sustentá-lo, mas não o cria.

Depois de tais conclusões, o livro tem o desfecho muito interessante.

- Tenho apenas vinte jeiras, que cultivo com os meus filhos; o trabalho afasta de nós três grandes
males: o tédio, o vício e a necessidade.

Bom, pra bom entendedor essa última fala já basta, o livro remete que o trabalho(mantêr a mente ocupada) afasta do homens as loucuras, os devaneios (as tolices que possa dizer em tal situação de inquietude), achei uma obra-prima, visto que nos capítulos anteriores, o personagem principal cândido busca incessantemente encontrar alguém que possa ser dito como feliz, mas não o acha, ele descobre que cada pessoa tem seu problema e muitas não enxergam o óbvio, as vezes a solução é tão simples, o tempo passa, a beleza se esvai, e como já dizia Aristóteles: "A cultura é o melhor conforto para a velhice."

Gostou?
Leia outros posts, um post relacionado a esse é Vastidão de pensamentos.
É isso aí, desejo a todos uma boa semana.

5 comentários:

Silas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Silas disse...

aiai
eu pensei em renomear o post para Moral de Cândido.

aiai
ainda to reflitindo sobre o último homem que Cândido foi visitar pensando que ele era feliz, o cara tinha tudo e tudo lhe trazia tédio, não se dedicou a entender nem a tentar interpretar o que tinha, apenas a fazer concepções que menosprezava tudo que tinha, se tornou um pessimista, com certeza ele era um legalista louco e tornou a vida dele um ritual de obsessão ao inferiorizar suas posses. Quisera eu não dizer que conheço pessoa assim, quisera eu não dizer que ela mora na minha casa, e ver tudo sem brilho, e só dá valor ao que não tem.

Santa inconsciência da virtude.
Maleficiência do poder.

Deus direcione minha sede de sabedoria ao encontro da felicidade permanente e não das queixas de imperfeições.

Eu, Thiago Assis disse...

Tem selo pra ti no meu blog. =]

Marcella Leal disse...

Não etendi muito bem a postagem, mas deve ser porque estou com a cabeça no mundo da lua.
Post novo no meu blog.

Carol disse...

Eu até pensei nas gotinhas na hora que estava fazendo as tiras, mâs, sei lá, acho que o Menino Chorão não combina muito com essas coisas mangazescas! :p

Abraço
omeninochorao.blogspot.com