sexta-feira, 6 de março de 2009

A importância do entendimento

A importância do entendimento
Veja esta adaptação livre de um conto hindu.
Havia numa cidadezinha do interior, uma família onde nasceram quatro crianças cegas. Todos sentiam pena dos meninos que passavam o dia inteiro contando histórias uns para os outros como forma de passar o tempo. Eles não tinham muitas experiências fora de casa, já que os pais dos meninos eram lavradores e não podiam levá-los para suas atividades de trabalho, devido aos inúmeros perigos no campo. Assim, deixavam os filhos em casa.
Certo dia, um amigo da família, um rapaz muito sensível chamado João, decidiu oferecer uma oportunidade aos meninos levando-os a conhecerem alguma coisa nova e assim alegrarem as suas pobres vidas. Foi até a casa dos garotinhos e contou-lhes com alegria que havia chegado um circo à vila, cheio de atrações, muitos animais, e estava se instalando nas redondezas. Disse também que era algo fabuloso.
E tinha mais: junto com o circo, tinha vindo um elefante! Os meninos já conheciam vários animais, especialmente animais domésticos. Eles já haviam tocado, abraçado e sentido o cheiro de gatos, de cachorros, de cabras e de porcos. Um deles já tinha até subido em um cavalo. Mas de elefantes só tinham ouvido falar. As crianças ficaram curiosas para saber como era o tal animal. João tentou explicar-lhes como eram os elefantes. Disse que eram animais enormes, gordos. Sem dúvida, os maiores. Só o rabo era pequeno. Tinham um longo nariz e dois dentes tão grandes que não cabiam dentro da boca.
Como será que eles imaginavam o que era um elefante?

João logo compreendeu que não adiantava muito ficar falando. Afinal, o que é conhecer?
– Não adianta eu tentar explicar a vocês qual é o gosto de uma maçã. Por mais que eu explique vocês só ficarão conhecendo o gosto de uma maçã depois que a experimentarem, dizia João aos meninos ansiosos.
Resolveram ir, todos, até o circo para ficar “conhecendo” um elefante. João os guiou até o local onde estava armada a grande lona. Ao chegarem, procuraram o zelador dos animais do circo e explicaram ao moço que tomava conta do elefante o desejo dos meninos de tocar o animal, de senti-lo. Como o elefante era manso, o zelador não viu por que não atender tal desejo, pois era tamanha a expectativa daqueles meninos cujos olhos, mesmo cegos, pareciam brilhar. João os aproximou, com cuidado, para que eles pudessem ficar tocando o elefante.
Um deles segurou a tromba do elefante, sentiu seu movimento e logo exclamou:
– O elefante é parecido com uma cobra!
Outro, que havia tocado e balançado a orelha do elefante, discordou:
– Ele parece mais com um abano, daquele que usamos para espantar moscas.
O terceiro tinha abraçado a pata do elefante, gorda e imóvel, e falou:
–Não sei como vocês podem dizer isso, o elefante se parece com uma árvore que tem a casca um pouco mais macia.
O último menino cego segurou o rabo do elefante e anunciou veemente:
– Nada disso, elefante é como uma corda e tem cheiro de cocô de cavalo!
Pronto, a discórdia se estabeleceu, e não foi fácil para João esclarecer as dúvidas. Tentando explicar para o primeiro menino que o elefante não era uma cobra, pediu-lhe que apalpasse o resto do rosto. Acabou ouvindo a pergunta indignada:
– Pô... João! Porque você não explicou logo que elefante tem o rabo na frente?!...
O que aprendemos com essa estória? No processo de aprendizagem, é importante envolver-se com aquilo que estamos aprendendo. É necessário que tenhamos uma visão global do assunto, compreender cada uma das partes, para que entendamos todo o conjunto. A história ilustra a importância de conhecermos as partes integrantes de um TODO. Não conhecer profundamente cada componente do material a ser estudado tornará difícil sua assimilação no geral.

Na minha saga de e-books, pude baixar um deles que continha esse texto, o e-book se chama"Como estudar bem", e pode ser encontrado no site: www.E-Book-Gratuito.Blogspot.Com
É uma história que eu achei no mínimo fascinante, como eu amo histórias orientais, postei aí.

3 comentários:

Silas disse...

o primeiro texto do blog que não é de minha autoria.

Silas disse...

É isso que dá postar diariamente.

Silas disse...

Será que ninguém leu?



- UM TEXTO TÃO LEGAL.